Matéria publicada no site www.runnersworld.com em 12 de Maio de 2016.
The Surprising Link Between Fat Consumption and Depression
By Stephanie Eckelcamp
Aperte o SAP! ;-)
A ligação surpreendente entre o consumo de gordura e depressão
Mudanças extremas na dieta podem ter graves repercussões sobre a mente assim como no corpo
Até recentemente, fomos informados a evitar gordura e colesterol para
proteger nossos corações - comer muito, dizem os especialistas,
aumentaria o risco de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral e
morte precoce. Mas em vez de melhorar a nossa saúde, poderia o dogma de
que "gordura é ruim" dos anos 90 e início de 2000 ser a culpa parcial
para o aumento na depressão e suicídio entre os americanos?
Isso
pode causar um sobressalto, mas uma nova e atraente meta-análise no
Journal of Psychiatry & Neuroscience faz você questionar.
Constatou-se que os baixos níveis de colesterol no sangue-
potencialmente causado por uma gordura inadequada na dieta- foram
associados a um maior risco de ser profundamente deprimido ou suicida.
Na verdade, as pessoas com níveis mais baixos de colesterol tinham 112%
maior risco de pensamentos suicidas.
Mas por quê? Uma teoria:
Porque o cérebro é 60% gordura e cerca de 25% do colesterol do seu corpo
é encontrado lá, e o cérebro não pode funcionar de forma ótima sem
níveis suficientes destes nutrientes. De fato, alguns estudos
individuais mostram que um colesterol muito baixo prejudica a sua
capacidade de sintetizar de forma eficaz neurotransmissores de
transporte como a serotonina para o aumento de humor.
E o que
isso tem a ver com a corrida? Bem, você pode estar ciente de como o
exercício protege o cérebro da depressão, mas como qualquer doença,
doença mental não é para se levar despreocupadamente. Para aqueles
corredores que usam exercícios e dieta para perder peso, (ou chegar mais
rápido), pode ser tentador cortar a gordura completamente. Mas isso
pode ter consequências perigosas.
Isso não significa que você
precisa começar a comer hambúrgueres, batatas fritas, e barras de
manteiga. Em vez disso, concentrar-se nas gorduras certas em quantidades
razoáveis poderia oferecer benefício para a saúde mental.
"A
gordura deve responder por cerca de 25 a 35% do seu total de calorias
diárias - 55 a 78 g em uma dieta de 2.000 calorias por dia," diz Frances
Largeman-Roth, RDN, nutricionista e autor de Eating in Color, que não é
associado a este estudo.
Que gorduras são melhores? "Ômega-3 é
altamente concentrado no cérebro e associado com aumento dos níveis de
colesterol ‘bom’, o HDL" disse Largeman-Roth. "Além disso, a deficiência
de ômega-3 em adultos, na verdade, tem sido associada a alterações de
humor e depressão."
Boas fontes incluem peixes gordos como o atum
branco, salmão, arenque, sardinha e bacalhau; carnes de animais
alimentados com capim; ovos caipiras; chia, sementes de linho e cânhamo.
(Experimente o óleo de linhaça em um smoothie.)
Os alimentos
ricos em gorduras monoinsaturadas, tais como abacate, amêndoas, e azeite
de oliva também são indicados - eles já foram ligados ao aumento dos
níveis de HDL, bem como melhoria da função cognitiva. As gorduras
saturadas e gorduras trans, por outro lado, têm sido associados com um
maior risco de depressão.
Mas comer mais gorduras de alta
qualidade não é a chave da felicidade para todos, dizem os
especialistas. O colesterol muito baixo, bem como a depressão, também
poderia estar associado a uma série de fatores, tais como uma doença de
base, outra deficiência de nutrientes, certos medicamentos, ou uma
resistência genética ao colesterol dietético. Portanto, o seu caso
individual não será necessariamente curado com mudanças na dieta por si
só.
>>> Ponto de Partida: Se você está se sentindo
deprimido, definitivamente não evite fontes saudáveis de gordura, mas
também não se esqueça de trabalhar com o seu médico para ver se podem
haver fatores subjacentes em jogo.
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TECLA SAP é uma Atividade de Estágio em que os estagiários traduzem uma reportagem sob a supervisão do nutricionista.
O objetivo é que os estagiários tenham contato com assuntos em inglês da área de nutrição esportiva numa linguagem direcionada ao público em geral.
Desde 2011 a 449 é Ponto de Estágio Curricular para os alunos do 8º Semestre do Curso de Nutrição da Universidade de Brasília
Estagiárias 1º Semestre 2016: Gabriela Sousa e Rosana Lima